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No Piauí, Justiça Eleitoral cassa prefeita reeleita e vice de Jurema por fraude

Last updated on 14 de outubro de 2025

Urna eletrônica em seção de votação
Fraude na eleição de Jurema levou à cassação da chapa eleita pela Justiça.

A Justiça Eleitoral cassou os mandatos da prefeita reeleita de Jurema, Kaylanne da Silva Oliveira, e da vice-prefeita, Ludmilla Barreto de Negreiros Ribeiro Silva. Os mandatos cassados pela Justiça Eleitoral se deram por abuso de poder político e fraude eleitoral nas eleições de 2024. A decisão, tomada pela 79ª Zona Eleitoral de Caracol (PI), envolveu um crime eleitoral em Jurema que manipulou a transferência de eleitores.

Esquema de fraude eleitoral em Jurema

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O esquema envolveu a prefeita Kaylanne, seu pai Aurizorlan Dias de Oliveira, que era secretário de Saúde, e a técnica de enfermagem Nelcides Xavier de Oliveira. O secretário foi apontado como o coordenador do esquema, enquanto a prefeita foi responsabilizada por participar diretamente da fraude e por omissão.

Eles usaram a Secretaria Municipal de Saúde para emitir cartões de vacinação falsos, que foram utilizados para a mudança de domicílio eleitoral de mais de 130 pessoas que não residiam em Jurema. A Justiça considerou que esta fraude influenciou diretamente o resultado do pleito, que foi vencido pela chapa por uma diferença de apenas 57 votos. Jurema está localizada a 581 km ao Sul de Teresina.

Além da cassação, Kaylanne, Aurizorlan e Nelcides foram declarados inelegíveis por um período de oito anos. Eles também foram multados por desvio da função pública. Os valores estipulados foram R$ 80 mil para Kaylanne, R$ 50 mil para Aurizorlan e R$ 10 mil para Nelcides.

A vice-prefeita Ludmilla não foi considerada diretamente envolvida no esquema fraudulento. Contudo, ela perdeu o cargo devido ao princípio da indivisibilidade da chapa, que determina a cassação de ambos os eleitos em casos de irregularidade na candidatura principal.

A sentença classificou a conduta dos envolvidos como grave e altamente reprovável, notadamente por usar a estrutura pública da saúde para fins eleitorais. A Justiça Eleitoral determinou que, após o fim dos recursos, o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) seja comunicado para a organização de novas eleições no município.

Com informações do g1

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