Last updated on 15 de maio de 2025
A Delegacia de Proteção do Meio Ambiente (DPMA) deflagrou a Operação Falso Vet na manhã desta segunda-feira (12). O objetivo da ação é cumprir cinco mandados de prisão contra suspeitos de praticarem procedimentos cirúrgicos ilegais em animais na cidade de Teresina.
As investigações apontam que os alvos realizavam castrações clandestinas em suas residências, sem registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). Segundo a delegada Adília Klein, responsável pelo caso, os procedimentos eram feitos de forma precária e cruel, em condições sanitárias inadequadas e sem o uso de anestesia apropriada.
A delegada explicou que os suspeitos se passavam por veterinários e realizavam castrações utilizando apenas relaxantes musculares, fazendo com que o animal ficasse imóvel, mas ainda sentisse dor. As cirurgias ocorriam em locais improvisados, como telhas ou pisos comuns, com instrumentos não esterilizados. Muitos animais sofreram infecções graves e vieram a óbito.
A delegada Adília Klein destacou que essa prática configura crime de maus-tratos com agravante de tortura animal, o que motivou a operação. As investigações reuniram provas documentais, testemunhais e audiovisuais que confirmam a atuação ilegal dos envolvidos.
Todos os suspeitos presos nesta fase da operação não possuem formação nem autorização legal para exercer a medicina veterinária.
O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Piauí, Miguel Ferreira Cavalcante Filho, afirmou em entrevista que a situação é revoltante, especialmente porque é feita por dinheiro. Ele disse que essas pessoas enganam a população, não sabem fazer nada, levam o dinheiro do consumidor e ainda causam maus-tratos, às vezes torturas medicamentosas, e podem levar o animal à morte. Miguel Ferreira Cavalcante Filho mencionou que os locais fiscalizados apresentavam enorme precariedade higiênica, e que animais foram encontrados com procedimento cirúrgico dentro de caixas com fezes. Ele ressaltou que o papel do conselho é proteger a profissão e, acima de tudo, a sociedade desses falsos veterinários.
A Polícia Civil segue com as investigações para identificar possíveis novos envolvidos. A polícia reforça o alerta para que a população sempre verifique se o profissional está registrado junto ao CRMV antes de permitir qualquer procedimento em seus animais. Denúncias de maus-tratos podem ser feitas de forma anônima, contribuindo com o trabalho de fiscalização e proteção animal no estado.
A Operação Falso Vet, deflagrada pela Delegacia de Proteção do Meio Ambiente (DPMA), cumpriu cinco mandados de prisão em Teresina. A Polícia Civil continua investigando o caso.

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Com informações do Meio News
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