A prefeita de Piripiri (PI), Jôve Oliveira (PT), e seu vice, Hilton Osório (PT), seguem no exercício do mandato apesar da decisão da Justiça Eleitoral que cassou seus cargos, publicada na última sexta-feira (14). A gestora se pronunciou após a sentença, afirmando que “não houve abuso de poder” durante as eleições, contestando a decisão que a declarou inelegível por oito anos.
Oliveira comunicou nas redes sociais que vai tentar reverter a cassação e ingressará com o recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) assim que for notificada. Ela expressou convicção de que o tribunal superior corrigirá o que classificou como um equívoco, confiando no devido processo legal.
A sentença, proferida pelo juiz José Eduardo Couto de Oliveira, da 11ª Zona Eleitoral de Piripiri, fundamentou a cassação em abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A Justiça apontou que a prefeitura teria contratado rádios e TVs para divulgar ações do governo, contudo, o conteúdo resultou em promoção pessoal da prefeita através de entrevistas e reportagens voltadas à sua imagem.
O juiz indicou que a repetição e a capilaridade dos canais contratados, somadas à linguagem personalizante e à presença ostensiva da autoridade, geraram, com elevada probabilidade, vantagem eleitoral à candidatura. Além da perda do cargo, a sentença também declarou Jôve e o vice inelegíveis por oito anos.
A prefeita reeleita argumentou que a expressiva votação, que somou 27.644 votos – o que representa 72% do eleitorado de Piripiri – reflete de forma inequívoca o reconhecimento da população pelo trabalho realizado desde 2021. A ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que resultou na cassação foi movida pela coligação de oposição “União, amor e trabalho por Piripiri”. Novas eleições devem ser convocadas somente após o fim de todos os recursos.
Com informações do g1
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