Uma megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, resultou na prisão de Belão, um dos indivíduos considerados de alta confiança do traficante Doca. A ação, que mobilizou 2.500 policiais civis e militares, tinha o objetivo de cumprir cem mandados judiciais, visando desarticular a maior facção criminosa do estado.
O criminoso detido, Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão, foi localizado por agentes de segurança escondido em uma casa na favela da Chatuba. Sua detenção ocorreu longe do Quitungo, local de sua residência, e ele foi escoltado com dezenas de outros presos, muitos deles descalços e tentando esconder o rosto. Belão foi visto usando uma tornozeleira eletrônica no momento da escolta.
Nos resultados e alvos da megaoperação, os esforços não se limitaram ao combate local. Os mandados expedidos pela Justiça incluíam ao menos 30 determinações para traficantes do Pará que estariam escondidos na capital fluminense. A ação conseguiu retirar de circulação mais fuzis e armas de grosso calibre.
A operação resultou também em grande apreensão de material entorpecente. Dentro das sacolas transportadas à Cidade da Polícia, foram encontrados tabletes de maconha e trouxinhas já prontas para a venda, além de um número expressivo de armas e carregadores confiscados.
O impacto social da ação foi sentido imediatamente pela população da Zona Norte. Por questões de segurança, cinco postos de saúde tiveram o funcionamento suspenso. Escolas municipais nos complexos do Alemão e da Penha interromperam suas atividades. Houve reflexos no trânsito em toda a Zona Norte, estendendo-se às zonas Oeste e Sudoeste, o que obrigou 12 linhas de ônibus a desviar seus itinerários.
