Polícia desmantela esquema de fraude que lesou professores em mais de R$ 700 mil no Maranhão

Last updated on 20 de agosto de 2024

Um esquema de estelionato e lavagem de dinheiro resultou num prejuízo de mais de R$ 700 mil. Uma professora e uma empresária receberam voz de prisão. O caso aconteceu na cidade de Pedreiras, no Maranhão.

O esquema tinha como foco professores da Rede Pública Estadual da cidade. De acordo com informações, a professora suspeita obtinha ilegalmente dados pessoais dos colegas como CPF e RG, sob o pretexto de organizar reservas de hoteis e outros detalhes para viagens de trabalho.

Contratos de financiamento bancário

A empresária, que atua no ramo de veículos, recebia então os dados e usava as informações para realizar contratos de financiamento bancário fraudulentos.

A investigação descobriu que a professora enganava os colegas para que assinassem digitalmente os contratos, disfarcando-os com um aplicativo de fotos engraçadas.

O dinheiro do financiamento ia para a conta da empresária e, em seguida, dividido entre as duas envolvidas na ação criminosa. A descoberta do esquema se deu quando uma das vítimas começou a receber cobranças indevidas no celular, por um empréstimo de R$ 69 mil que ela não havia feito.

A prisão das suspeitas

A Polícia Civil do Maranhão prendeu a empresária e a professora durante a operação ‘Amiga da Onça’, que apreendeu documentos, celulares, contratos bancários e dois veículos. A Polícia não descarta a possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas no esquema, incluindo funcionários de bancos.

A delegada titular do 2º DP  de Pedreiras, Lorena Brasileiro Catunda, está na investigação do caso. Ela explica como a empresária usava as informações obtidas pela professora para realizar os contratos de financiamentos fraudulentos.

 “Ela enviava um link contendo o contrato para a professora que, sob o disfarce de ter descoberto um aplicativo de fotos engraçadas, atraía os colegas para realizar o reconhecimento facial e assinatura digital dos contratos. O dinheiro do financiamento era depositado na conta da empresária e posteriormente dividido entre as duas”, informou a delegada.